São Paulo, domingo, 12 de novembro de 1995 |
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Coluna Joyce Pascowitch
JOYCE PASCOWITCH PRONTA ENTREGAOlho mágico Espião de bacanas, o detetive Carlos Lacerda, 48, só brinca fora do serviço. Bacharel em direito, começou a investigar de verdade como dono de escola -onde ensinava regras do jogo a candidatos a Sherlock Holmes. A teoria depois virou prática. E Lacerda abriu então sua própria agência -e nunca mais saiu do ramo, no qual entrou há 25 anos. Entre as quatro paredes de seu escritório secreto desfilam cerca de 40 clientes por mês -a maioria deles de olho em flagrantes de seus parceiros, que só pensam naquilo. * Sherlock Holmes ou Kojak? Nem um, nem outro -Sherlouco. O que se esconde por baixo do sobretudo? Uma câmara fotográfica. Trair e coçar é só começar? Sim -com pó-de-mico. Quem é o João do Pulo? Aquele que pula, pula até que pulam em cima dele. Quem é a maria sem-vergonha? A que faz, faz até que alguém faz pra ela. Ainda existe vaga atrás da moita? A vaga já foi preenchida -pela rival. Quem precisa sair do armário? Quem estiver lá dentro. Existe porto seguro? Sim -com camisinha! Quem nunca vai ser pego de calça curta? Só quem estiver de calça comprida. O que mantém seu saldo médio? O pobre mata, a classe média sai na pancada e o rico contrata um detetive. O que se vê pelo buraco da fechadura? Alguém sem roupa. Que pecado é mais capital? Pecado sem capital. Que sexo frequenta mais seu bureau? As mulheres -claro! Quem procura, acha? Elementar, meu caro Watson. Próximo Texto: Coluna Joyce Pascowitch Índice |
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