São Paulo, domingo, 12 de novembro de 1995 |
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TV explora caráter comercial
MARCELO REZENDE
Mas, ao contrário de países como França e Inglaterra, seu interesse parece estar restrito apenas à exploração comercial. Uma saída para uma geração de cineastas europeus, a co-produção entre a televisão e o cinema para a realização de filmes, no Brasil nunca passou de um acaso, como "Veja Esta Canção", filme de Cacá Diegues, em parceria com a TV Cultura. O cinema parece ficar restrito aos programas que têm, por obrigação, fornecer ao espectador uma resenha das estréias. No ano em que se completa o centenário de nascimento do cinema, a TV parece incorporar uma obrigação didática sobre filmes. O que a televisão faz é tratar o cinema como uma arte que tem presente e passado. E não futuro. Mas, de qualquer forma, os filmes continuam sendo um grande negócio. Hoje o mercado televisivo concorre com o vídeo e com as TVs pagas. A velocidade -tempo que o filme demora para sair do cinema e chegar à TV- é decisiva. Como resultado, para cada obra digna, um mar de filmes baratos. Em todos os sentidos. O que rege cada compra é o sucesso que o filme já havia alcançado antes de ser exibido na TV. Para cada "Os Imperdoáveis" ou "Todas as Manhãs do Mundo", uma série interminável de filmes de kung-fu. Mais uma vez, como sempre nesses casos, o expectador está no meio de uma grande confusão. Texto Anterior: Programação de filmes em dezembro Próximo Texto: Programas mostram bastidores de filmes Índice |
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