São Paulo, segunda-feira, 13 de novembro de 1995 |
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Sequestro cresce 23% no Rio em 95
SERGIO TORRES
A estatística mostra que, em comparação ao ano passado, aumentaram os registros dos principais crimes contra a pessoa, como, sequestros, homicídios e lesões corporais. Os homicídios cresceram 10,4%: 6.012 casos de janeiro a agosto deste ano, contra 5.446 de janeiro a agosto de 94. As lesões corporais (causadas principalmente por agressões e acidentes de trânsito) aumentaram 11,9%, segundo o documento. A estatística indica que houve 25.370 ocorrências de 1º de janeiro a 31 de agosto de 95. No mesmo período do ano passado, ocorreram 22.657 casos. Segundo o levantamento, também cresceu o número de agências bancárias assaltadas. De 1º de janeiro a 31 de agosto deste ano, os assaltos a bancos quase duplicaram em relação ao mesmo período do ano passado. O aumento registrado foi de 89,3%. Queda de roubo a carros A favor do trabalho desenvolvido pela Secretaria de Segurança Pública, a estatística registra queda na incidência de dois dos chamados crimes contra o patrimônio: os roubos de carros e cargas. A diminuição da violência era, em 94, anunciada como prioritária pelo então candidato a governador Marcello Alencar, do PSDB. Quando ainda era candidato, Alencar defendeu a ação dos militares nas favelas cariocas, em uma série de medidas que foram chamadas de Operação Rio pelos governos federal e estadual. Ao assumir o cargo, em janeiro, o governador renovou o convênio da Operação Rio e nomeou o general Euclimar da Silva, da reserva do Exército, para dirigir a recém-criada Secretaria de Segurança Pública do Rio. Irritado com o fracasso da política de segurança adotada por Silva no comando da secretaria, Alencar recorreu a outro general da reserva, Nilton Cerqueira, para combater a criminalidade. Silva foi demitido e Cerqueira, 65, assumiu a secretaria em maio. Justamente a partir da posse de Cerqueira ocorreu o aumento no registro dos casos de sequestro, crime que, segundo o governador Marcello Alencar, atrapalha o desenvolvimento econômico por assustar o empresariado interessado em atuar no Estado. Em maio, a estatística indica a ocorrência de 12 sequestros, contra 8 no ano passado. Os números de 95 continuam maiores nos três meses seguintes: 9 em junho contra 8 em 94; 11 em agosto contra 6 em 94; 5 em setembro contra 3 no ano anterior. Roubo a banco Os assaltos a bancos tiveram uma "explosão" este ano. Entre 1º de janeiro e 31 de agosto de 94, a então Secretaria de Polícia Civil do Rio contabilizou 150 agências assaltadas. No mesmo período deste ano, houve 284 assaltos a bancos, um aumento de 89,3% em comparação ao período entre janeiro e agosto de 94. A estatística da secretaria revela uma diminuição dos roubos e furtos de carros e cargas, problema número um das companhias seguradoras. As seguradoras são as principais fornecedoras de carros e equipamentos às polícias Civil e Militar. Elas participam do programa de captação de recursos junto ao empresariado, desenvolvido pela secretaria. Os roubos e furtos de carros diminuíram 10,6% (35.717 de janeiro a agosto de 94, contra 31.932 no mesmo período este ano). Os roubos de cargas diminuíram 9% (1.201 entre 1º de janeiro e 30 de setembro de 94, contra 1.093 este ano). Texto Anterior: Secretário assume pasta da saúde em SP; O NÚMERO; Diretor de escola é solto em Maceió; ONU vai discutir habitação no Chile; QUINA; SENA Próximo Texto: DAS não é informatizada Índice |
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