São Paulo, terça-feira, 14 de novembro de 1995 |
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Comércio registra aumento de 49% nas vendas à vista em novembro
MÁRCIA DE CHIARA
Os números são da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e se referem às consultas diárias ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e ao Telecheque. Os dois serviços da entidade não refletem, necessariamente, o faturamento das lojas. Para Emílio Alfieri, economista da ACSP, esse crescimento não pode ser interpretado como uma explosão de vendas. Motivo: a base de comparação (novembro 94) é muito fraca. "Novembro de 94 foi o pior mês do Plano Real para a venda à vista e o segundo mais fraco para venda a prazo", diz Alfieri. É que foi exatamente no início de novembro de 94 que o comércio parou por causa do primeiro pacote anticonsumo do governo. Além disso, diz Alfieri, é preciso levar em conta que o medo do calote e do cheque roubado tem levado os lojistas consultarem com maior frequência os serviços do Telecheque e do SPC. Na venda à vista, existe ainda o efeito das liquidações que incrementou os negócios neste ano. As compras de Natal ainda continuam em marcha lenta. Os números da ACSP, confirmam essa tendência. Entre os dias 1º e 12 de novembro, as consultas ao SPC aumentaram apenas 1,2% em relação a igual período de outubro. Enquanto isso, o Telecheque registrou queda de 2,4% nas consultas em igual período. "Na comparação com outubro, o ritmo de negócios está praticamente estabilizado. É que novembro não tem data comemorativa para o comércio", diz Alfieri. Esse pequeno recuo nos negócios à vista, segundo o economista, pode ser um indício de que a redução nas taxas de juros já está atraindo o consumidor. "O comércio deve investir mais no crediário para atrair a classe que recebe até cinco salários mínimos (R$ 500)", diz Alfieri. Texto Anterior: Golf 96 chega 20% mais caro Próximo Texto: Indústrias fecham 5.450 vagas na 1ª semana de novembro, diz Fiesp Índice |
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