São Paulo, sexta-feira, 17 de novembro de 1995
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Prefeitura deixa a tarifa livre

DA REPORTAGEM LOCAL

A prefeitura não incluiu, nos editais das concorrências que apontaram os consórcios que vão construir e explorar os estacionamentos subterrâneos, um teto para a tarifa.
"Pergunte a qualquer empresário se faria um contrato de 30 anos com preço tabelado. Quem deve controlar preço é o usuário", disse o prefeito Paulo Maluf.
Para ele, o governo não pode ter mais força que o mercado. "No mundo todo, o que vale é a relação com o mercado."
Maluf disse que 600 vagas para a região da República é "um projeto acanhado".
Na visão do prefeito, o estacionamento poderia oferecer até 2.400 vagas e haveria demanda.
Perguntado se a escassez de vagas não deixaria o usuário em posição de desvantagem, Maluf respondeu: "Se o valor cobrado for muito alto, a garagem ficará vazia."
As concorrências para a construção e exploração comercial das garagens subterrâneas na região do parque Trianon e na praça Coronel Pires de Andrade, atrás do Shopping Iguatemi, estão na fase final.
Cada um desses estacionamentos terá 600 vagas. O prazo de concessão também será de 30 anos.
Os partidos de oposição a Maluf na Câmara Municipal são contrários à construção dos estacionamentos.
Os adversários do prefeito -em resumo- acreditam que isso pode estimular ainda mais a utilização do automóvel e temem que as áreas verdes sejam danificadas durante os processos de escavação, especialmente no caso do Trianon.

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