São Paulo, sábado, 18 de novembro de 1995
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Muricy já admite deixar o São Paulo se Telê continuar

ARNALDO RIBEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL

O auxiliar técnico Muricy Ramalho pode deixar o São Paulo, caso Telê Santana decida permanecer no clube em 1996.
Telê promete dizer hoje, após o jogo contra o Vitória, no Morumbi, se fica ou não no clube.
Há três anos, Muricy vem sendo "preparado" para substituir Telê, mas admite sair do clube, caso não seja efetivado no próximo ano.
"Não é nada contra o Telê. Tenho aprendido muito com ele, mas acho que já estou preparado para assumir um clube. Recusei propostas da Arábia Saudita, México e Araçatuba. Agora, posso aceitar um convite", disse Muricy.
O auxiliar, porém, não quer pressionar Telê e aguarda a sua definição. Se Telê decidir sair, Muricy espera ser confirmado como novo treinador do time. "Acho que seria uma coisa natural."
Telê exige "união política" para ficar. Segundo ele, ex-diretores estariam "trabalhando contra o São Paulo" e provocando um "clima de instabilidade" no clube.
O presidente do São Paulo, Fernando Casal de Rey, promete "fazer tudo" para manter Telê, que ameaça sair antes do fim do ano.
Telê já aceitou convite para ser diretor técnico da Escola de Futebol do América-MG e tem proposta para ser comentarista de TV.
A Folha apurou que alguns conselheiros do São Paulo não gostaram do acerto de Telê com o América-MG. "Ele não conseguirá conciliar os dois empregos", prevê Carlos Caboclo, conselheiro do clube e procurador do técnico.
Telê admitiu ontem acertar a sua permanência até abril, quando serão realizadas eleições no clube.
Se Casal de Rey (candidato único, por enquanto) vencer, é provável que ele fique até junho. Caso contrário, deve sair em abril.

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