São Paulo, domingo, 19 de novembro de 1995
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Desemprego deve crescer

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A produção industrial deste ano vai crescer entre 2% e 2,5% em comparação à de 94. A estimativa, fechada sexta-feira pela Confederação Nacional da Indústria, é inferior à anterior, de 3%.
Em 94 e 93, o crescimento havia sido de 7,7% e 7,5%, respectivamente.
A redução do ritmo de crescimento da produção industrial aumenta a preocupação com o desemprego. Este será o terceiro ano consecutivo de queda no nível de emprego na indústria.
"O cenário não é bom. Além das perspectivas de baixo crescimento da economia, as mudanças na legislação para garantir as condições de geração de emprego na indústria não vão surtir efeito a curto prazo", disse o chefe do Departamento Econômico da CNI, José Guilherme Reis.
A Folha apurou que no Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas), do Ministério do Planejamento, há divergências sobre as causas do desemprego.
Documento do economista Carlos Alberto Ramos para o Ipea afirma que o problema do desemprego tem dois componentes. O primeiro está ligado à gestão econômica de curto prazo e o outro à questão tecnológica.
A perda de empregos em junho e julho foi reflexo das medidas do governo de restrição ao crédito.

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