São Paulo, segunda-feira, 20 de novembro de 1995
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Camanducaia reza pelo gol

ARNALDO RIBEIRO
DO ENVIADO A SANTOS

Marcelo Fernandes Dominguez de Rezende, 20, o Camanducaia, foi o herói da vitória do Santos.
Ele jogou apenas meia hora, o suficiente para marcar dois gols.
"Foi a primeira vez que isso aconteceu na minha carreira. Nunca fiz mais de um gol por jogo", afirmou o jogador, que ofereceu os gols e a vitória ao "Rei Pelé".
"Era o dia do 'Rei' e nós precisávamos homenageá-lo. Ele, que cansou de vencer o Corinthians, sempre está presente nos momentos importantes", disse.
(AR)

Folha - Por que o nome Camanducaia?
Camanducaia - É o nome da minha cidade, perto de Bragança Paulista. Quando cheguei ao Santos, há três anos, o time tinha cinco Marcelos. Aí, preferiram Camanducaia.
Folha - Você esperava entrar no jogo e decidir?
Camanducaia - Sim. O jogo estava para mim, desde o primeiro tempo. No intervalo, rezei muito e disse que faria dois gols. Sabia que iria arrebentar. Tive o meu dia de estrela e consegui retribuir o apoio da torcida.
Folha - Qual foi a principal virtude do Santos?
Camanducaia - A garra e a determinação de todos nós. O Giovanni, por exemplo, não marcou, mas deu os passes para os três gols.
Além disso, o time não se desesperou. Soube aproveitar, no segundo tempo, a vantagem de um homem.
Folha - O Santos é o time paulista com mais chances de classificação no Brasileiro. Até que ponto isso aumenta a responsabilidade de vocês?
Camanducaia - Seria uma honra representar o futebol paulista nas semifinais. Mostramos, contra o Corinthians, que temos condições.

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