São Paulo, terça-feira, 21 de novembro de 1995
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Governistas defendem fim do Sivam; Planalto resiste

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As suspeitas de tráfico de influência fizeram crescer no Congresso as pressões contra o Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia). Governistas falam abertamente em sua extinção. O governo convocou para hoje reunião com os líderes dos partidos governistas no Senado para salvar o projeto.
As pressões reuniram o governista PFL e o oposicionista PT. Ambos querem uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar as suspeitas de irregularidades. No Senado, Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) afirmou: "O projeto está morto".
O presidente Fernando Henrique Cardoso mandou avisar a aliados que se opõe à CPI.
O que houve, para o Palácio do Planalto, foram comentários "imprudentes e levianos por parte do ex-assessor Júlio César Gomes dos Santos, revelados pela escuta telefônica da Polícia Federal.
FHC também decidiu que não promoverá mudanças no projeto do Sivam, que custará ao governo US$ 1,4 bilhão.
Ao presidente da República, interessa agora é descobrir quem de seus auxiliares mais próximos pediu à PF a escuta telefônica.
FHC não crê que o início das investigações sobre seu ex-assessor tenham partido de uma denúncia anônima sobre narcotráfico.
No fim do dia, foi anunciado o nome do presidente da Telebrás, Lélio Viana Lobo, para substituir Mauro Gandra na Aeronáutica. Lobo ocupou o mesmo cargo durante o governo Itamar Franco e é um defensor do Sivam.

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sobre Sivam às pág. 1-5 a 1-7 e sobre Lélio Lobo à pág. 1-11

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