São Paulo, quarta-feira, 22 de novembro de 1995
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Congresso sobre povos negros reúne palestrantes de vários países em SP

DA REPORTAGEM LOCAL

O 1º Congresso Continental dos Povos Negros das Américas, aberto ontem em São Paulo, reunirá até sábado palestrantes tão variados quanto a irmã de um condenado à morte nos EUA e um político da pequena ilha caribenha de Martinica.
"Meu irmão é um preso político", afirma Lydia Wallace, sobre a condenação de Munia Abu Jamal, em 1982, pela morte de um policial branco em Chicago.
Junto com o marido, Wallace percorre os EUA -e agora a América Latina- angariando apoio para evitar a execução de seu irmão. No ano passado, conseguiram novo julgamento e o mesmo juiz manteve a pena. Agora, recorreram a instâncias superiores da Justiça norte-americana.
Segundo ela, o irmão é inocente: "A bala que matou o policial era de um revólver calibre 44, enquanto Munia tinha um 38".
O deputado Colombiano Julio Gallardo Archbold falará sobre os avanços em seu país decorrentes da nova constituição, de 1991.
Francis Carole, de Martinica, denuncia o "extermínio dos negros de Martinica". Segundo ele, a ilha -ainda colônia francesa- foi desde a colonização dominada pelos brancos, "que estão tomando cada vez mais espaço".
O congresso ocorre no Memorial da América Latina (centro de SP e a inscrição custa R$ 100.

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