São Paulo, quarta-feira, 22 de novembro de 1995 |
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Direção do Unibanco tranquiliza bancários
CRISTIANE PERINI LUCCHESI
Segundo ele, houve garantia por parte do banco de que em dezembro e janeiro não haverá demissões decorrentes da incorporação do Nacional. "O pessoal terá um final de ano tranquilo", disse Berzoini. O vice-presidente do Unibanco, Paulo Bravo, disse às lideranças bancárias, segundo Berzoini, que não pretende fechar nem agências do Unibanco nem as incorporadas do Nacional. Os sindicatos temiam o fechamento de 96 agências. É certo que haverá demissões nos setores "de retaguarda", como as áreas de marketing, centro de processamento de dados, planejamento, compensação e área administrativa, segundo Berzoini. "Nesses setores deve ocorrer um processo de enxugamento, mas a médio e longo prazo." Para acompanhar o processo de reestruturação, o Unibanco criou uma comissão de discussão permanente com os bancários, que terá reuniões semanais, disse. Berzoini fez questão de frisar o caráter positivo da reunião de duas horas e meia, no Centro Administrativo Unibanco, em São Paulo. "Eles nos chamaram logo para conversar, não ficaram enrolando." O Unibanco emprega hoje 31 mil funcionários. Em Brasília, a presidente da CNB (Confederação Nacional dos Bancários), Célia Cantú, apresentou propostas à Comissão do Desemprego da Câmara para modificar as regras das fusões de bancos. Os bancários dizem que o dinheiro que o governo está concedendo aos bancos deveria dar ao poder público a condição de sócio das empresas incorporadas. No caso recente do Unibanco-Nacional, os mais de R$ 4 bilhões aplicados pelo governo poderiam tornar o poder público controlador do novo banco. Os bancários querem também que todas as demissões resultantes de fusões ou incorporações sejam negociados com os sindicatos. Colaborou a Sucursal de Brasília. Texto Anterior: Dasa demitirá 8.800 até 98 Próximo Texto: VEJA O QUE ACONTECE COM OS CORRENTISTAS Índice |
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