São Paulo, quarta-feira, 22 de novembro de 1995
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Moraes Moreira traz seu 'Acústico' para SP

Músico faz retrospectiva de sua carreira na Tom Brasil

PEDRO ALEXANDRE SANCHES
DA REDAÇÃO

Show: Acústico
Artista: Moraes Moreira
Onde: Tom Brasil (r. das Olimpíadas, 66, Vila Olímpia, tel. 011/820-2326)
Quando: somente hoje, às 21h
Quanto: R$ 20 a R$ 40

O cantor e compositor Moraes Moreira mostra hoje ao público de São Paulo, em apresentação única na Tom Brasil, seu show "Acústico", recém-lançado em disco.
"O show único equivale a um lançamento, para que o público de São Paulo possa conhecer o show, que é algo de novo na minha carreira", diz Moreira, afirmando que volta em janeiro para temporada maior, na mesma Tom Brasil.
O músico diz que pisa no palco hoje impondo-se uma missão: apresentar a seu público jovem artistas importantes da MPB, como Ary Barroso, Assis Valente e os Novos Baianos -grupo em que iniciou carreira em 1970.
"Nunca vi perguntarem tanto dos Novos Baianos como atualmente", diz. "Existe uma grande saudade por parte de quem ouviu e uma procura de quem quer conhecer o som dos anos 70.
Saudades e curiosidades serão saciadas pelas releituras de músicas do LP "Acabou Chorare (1972)", dos Novos Baianos. Comparecem a faixa-título, "Preta Pretinha" e "Mistério do Planeta", de Moraes e Galvão, e "Brasil Pandeiro", de Assis Valente.
Além do bloco Novos Baianos, o cantor divide o show em mais três partes: a de sua carreira solo (com "Pombo Correio, "Lá Vem o Brasil Descendo a Ladeira" e outras), a de composições gravadas antes por outros intérpretes (como "Festa do Interior", que Gal lançou) e a de inéditas.
O show privilegia a retrospecti va -de seu último trabalho de estúdio, "O Brasil Tem Con&erto, só entra uma faixa.
"Tive que me enquadrar ao conceito do projeto 'Acústico', da MTV, mas trouxe do último disco a idéia de misturar o erudito com o popular, privilegiando o acústico. As músicas ficaram renovadas".
Moraes mostra especial nostalgia pela época dos Novos Baianos. "Gosto de contar como foi mágico viver aquele tempo, lembrar como era complicado enfrentar um Garrastazu Médici", diz.
Isso não implica em plano de retomar o grupo. "Éramos uma comunidade, vivíamos uma experiência de 24 horas por dia. Não seria fácil voltar, teria que voltar a vida Novos Baianos, não só a música. Senão seria oportunismo", afirma. Ainda assim, completa: "Mas nunca vou dizer nunca".

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