São Paulo, quarta-feira, 22 de novembro de 1995 |
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Disney estréia filme todo computadorizado
SUSAN WLOSZCZYNA
Você poderá até sentir os galos na careca do Senhor Cabeça de Batata. Os tiros nas ruas parecem reais. "As pessoas acham que foram usadas imagens verdadeiras", diz o co-produtor Ralph Guggenheim, da Pixar, empresa de computação gráfica que colaborou com a Disney em "Toy Story". "Mas tudo foi sintetizado no computador." Será que "Toy Story" fará os desenhos animados tradicionais, como "Pocahontas", parecerem milho índio mofado? Como Tim Allen, voz do homem do espaço Buzz, observa, "Disney acertou em cheio. Isso é espetacular". Mas nem todos os especialistas em animação acreditam que vender "Toy Story" seja uma brincadeira de criança. "Nós ainda não sabemos se o público está pronto para aceitar a artificialidade da animação 3D", diz Gary Goldman, que, com Don Bluth, dirige os estúdios Fox. "Tenho ouvido estimativas de faturamento de US$ 125 milhões a US$ 200 milhões", diz o exibidor Ron Goldman, da Apex Cinemas. Computadores têm auxiliado a animação na Disney desde "The Great Mouse Detective", de 1986. A co-produtora Bonnie Arnold diz que o maior desafio foi construir um estúdio completo na Pixar com uma equipe de 110 pessoas (animações regulares da Disney costumam ter cerca de 600). A Pixar pertence a Steven Jobs, fundador da Apple Computer. Os brinquedos agem como adultos lidando com seu trabalho. "Quando as crianças saem, o quarto se torna um lugar de trabalho. Isso abre a porta para as personalidades que serão encontradas", diz Lasseter. A pergunta inevitável: os computadores vão substituir os desenhos feitos a mão? "Enfaticamente, não", diz Lasseter. "Muitas coisas feitas a mão são difíceis para os computadores." Texto Anterior: Programa ensina os fundamentos da música Próximo Texto: Filme já está na Internet Índice |
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