São Paulo, quinta-feira, 23 de novembro de 1995 |
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Casas Bahia acerta compra da Garson
FÁTIMA FERNANDES
A família Garson não receberá um tostão pela venda das suas 36 lojas espalhadas pelo Grande Rio de Janeiro. Pelo acordo, a Casas Bahia incorpora a Garson ao assumir a dívida de US$ 48 milhões da rede de lojas carioca com fornecedores. "A negociação envolveu transferência de dívidas", afirma Samuel Klein, proprietário da Casas Bahia. Essa dívida, dolarizada, conta, será paga em 18 meses. A Bahia ampliou seu número de lojas de 140 para 176. E não pára por aí. Para 1996, programa investir US$ 30 milhões para abrir 40 novas lojas. Serão 20 no Rio, 15 em Minas e 5 em Santa Catarina. Em Minas, a Casas Bahia tem duas lojas em Uberlândia e duas em Uberaba. No mercado catarinense, inaugura a primeira loja, em Joinville, na semana que vem. "Estamos de olho em todas as cidades que têm mais de 100 mil habitantes", avisa Klein. Até o final de 1996 ele quer ter 216 lojas, passando, assim, à frente das 200 lojas do Ponto Frio -um dos principais concorrentes, que também disputava a Garson. A Casas Bahia deve faturar este ano US$ 1,5 bilhão -US$ 500 mil a mais do que no ano passado. Com a compra da Casa Garson, Klein espera terminar 1996 com receita próxima de US$ 2 bilhões. A estratégia da empresa, continua Klein, é trabalhar com pequenas margens de lucro e grandes volumes de vendas. A Casas Bahia deve fechar este ano com lucro líquido da ordem de 3%. "Já foi maior." Barganha Alguns empresários da indústria eletroeletrônica ficaram preocupados -e mostraram isso num encontro na semana passada- quando souberam que a Casas Bahia ía entrar firme no Rio. Tudo porque a empresa, com maior número de lojas, passa a ter agora mais poder de barganha na hora de comprar. "Ainda não negociamos com fornecedores depois da compra da Garson. Vamos ver se vai ficar mais fácil", afirma Klein. Texto Anterior: Estrangeiros reaparecem e Bovespa tem alta Próximo Texto: Rede gaúcha Renner chega a SP Índice |
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