São Paulo, sexta-feira, 24 de novembro de 1995 |
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Maluf quer cortar 10 mil funcionários
CLAUDIO AUGUSTO
Pelo menos é essa a expectativa do prefeito Paulo Maluf (PPB). Ele disse que, no recadastramento feito este ano, a prefeitura descobriu que cerca de 10 mil funcionários têm mais de um emprego. "Não tenho dúvida de que quem tem dois empregos vai pedir demissão", disse Maluf. Para ele, o enxugamento da máquina vai permitir ao governo melhorar o salário dos que continuarem na prefeitura. Alice Vicente, presidente do Sindsep (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São Paulo), afirmou que o argumento de Maluf é falso. "Quando ele assumiu, havia 140 mil funcionários. Hoje existem cerca de 120 mil, mas ele mudou a lei para não dar aumento", disse Vicente. Em fevereiro deste ano, a Câmara Municipal aprovou um projeto do Executivo e alterou a política salarial. Os servidores, que teriam 81% de reajuste, tiveram apenas 6% de aumento salarial. O TJ (Tribunal de Justiça) já deu ganho de causa em um mandado de segurança a um grupo de funcionários que reivindica os 81%. Para Vicente, se existem funcionários públicos acumulando empregos, a culpa é do governo. "As pessoas que têm obrigação de fazer o controle de frequência dos funcionários ocupam cargos de confiança", criticou a sindicalista. No dia 11 de dezembro, 500 relógios de ponto eletrônicos começam a funcionar. Até o fim de janeiro de 96, de acordo com o secretaria da Administração, os 2.395 relógios estarão em operação, o que obrigará todos os funcionários a "bater o ponto eletrônico". A prefeitura está gastando R$ 9,7 milhões para implantar o projeto do ponto eletrônico. Texto Anterior: Zoneamento em rua dos Jardins pode ser alterado Próximo Texto: Número caiu desde 1992 Índice |
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