São Paulo, domingo, 26 de novembro de 1995
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Veterana de passeatas retorna à Candelária

LUCIA MARTINS
DA REPORTAGEM LOCAL

Quando a idéia do Reage Rio surgiu, a atriz Joana Fomm, 56, era contra e disse que não participaria porque era um movimento elitista.
Mas mudou de idéia. "Sempre fui a favor de manifestações populares, não era dessa vez que iria ser do contra."
Ela se diz uma veterana em passeatas. Foi na manifestação dos cem mil em 1968, participou de todas as reuniões clandestinas da época, foi à passeata pelas Diretas-Já e se juntou às mães cariocas que têm filhos desaparecidos, em 94.
Até no protesto contra a impunidade do caso Bateau Mouche, onde 55 pessoas morreram em um naufrágio, ela estava lá. Ultimamente, se juntou à "cruzada" contra fome promovida por Betinho.
Joana enfatiza que o problema do Rio hoje não é só a violência sofrida pelos sequestrados e repete os bordões dos anos 70. "Educação, saúde e reforma agrária ainda são as principais prioridades."

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