São Paulo, segunda-feira, 27 de novembro de 1995
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Precauções podem evitar problema nos Correios

DANIELA FERNANDES
ESPECIAL PARA A FOLHA

Extravio de encomendas, atraso no recebimento de cartas e um prazo maior para que a correspondência chegue a seu destino. Essas são as reclamações mais comuns em relação aos serviços prestados pelos Correios.
Embora esses problemas possam ocorrer devido a falhas no sistema de entregas, as pessoas podem evitá-los tomando precauções como fazer seguro, checar o endereço e registrar cartas.
O Procon não sabe avaliar se esse baixo número se deve ao fato de as pessoas não reclamarem ou de os problemas ocorrerem com menor frequência.
Vera de Moura, 34, enviou em março passado, via Sedex, quadros de sua autoria de Porto Seguro (BA) para Miami (EUA) que foram extraviados. Ela diz que não fez o seguro integral das peças, avaliadas em US$ 12 mil, porque não foi informada pelo Correio sobre o serviço.
Vera já havia mandado outras vezes encomendas do mesmo tipo via Sedex sem ter tido nenhum problema. Ela acha que os quadros foram roubados.
"É importante que as pessoas se informem sobre todos os serviços dos Correios", diz Tânia Virginia de Souza, supervisora da área de serviços do Procon.
Um maior prazo para que as cartas cheguem ao seu destino também é apontado como problema. "Em 93, uma carta do Brasil para Seattle (EUA) levava cerca de 4 dias. Hoje, leva no mínimo duas semanas", afirma o professor de inglês David Leon, 31, que aguardou três meses uma encomenda com papéis importantes.
"Hoje não dá mais para contar os dias para saber quando uma carta vai chegar. Não é porque está chegando o Natal e os Correios ficam normalmente sobrecarregados. Isso já começou bem antes", diz Andréa Veloso Bezerra, empresária, 25, que se corresponde com a irmã na França.
Andréa afirma que as cartas antes chegavam em quatro ou cinco dias e agora levam dez dias. Ela diz ainda ter recebido cartas que tiveram os selos descolados.
"Li em uma revista alemã que o Correio do Brasil era um dos mais modernos do mundo, mas acho que isso mudou", afirma a austríaca Eveline Paula Bukowski, secretária executiva, que prefere mandar fax ou telefonar ao exterior por "ser mais seguro".
Ela diz que cartas enviadas do Rio e da capital paulista, onde mora, demoraram dez dias para chegar e que ficou durante vários dias sem receber correspondência. Ela entrou em contato com os Correios e foi informada de que as cartas não eram entregues porque o carteiro estava doente.

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