São Paulo, terça-feira, 28 de novembro de 1995
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Preços das massas devem subir até 15%

DA REPORTAGEM LOCAL

Os preços das massas devem subir entre 10% e 15% nos próximos quatro meses, por causa da alta nas cotações do trigo.
A previsão é de Aluísio Quintanilha, presidente da Abima (Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias).
Desde janeiro, as massas acumulam elevação próxima de 35% em seus preços, reflexo direto do encarecimento de sua principal matéria-prima, a farinha de trigo, que subiu 80% no mesmo período, segundo Quintanilha.
"A alta só não foi mais acentuada porque parte da necessidade da indústria foi suprida por estoques", diz.
As cotações do trigo explodiram, principalmente a partir de julho, em função da redução dos estoques mundiais do grão.
Os estoques no mundo caíram do patamar de 144,8 milhões de toneladas, em 93, para 97,3 milhões de toneladas este ano.
As vendas de massas devem atingir cerca de 820 mil toneladas, com crescimento de 5% sobre o resultado de 94.
"Inicialmente nossa previsão era de um aumento entre 10% e 15% nas vendas, mas a recessão inibiu um pouco o consumo", afirma o presidente da Abima.
Por causa do aumento dos preços no segundo semestre, o faturamento da indústria de massas deve registrar elevação de 22,9% este ano, atingindo US$ 1,15 bilhão.
Para 96, a expectativa da indústria é de um crescimento de 15% nas vendas de massas no país.
A Abima iniciará nos próximos meses uma campanha para estimular o consumo de macarrão e outras massas no país.
"O consumo de macarrão está crescendo mundialmente. O produto é muito utilizado na dieta dos esportistas", diz o presidente da Abima.
Um dos principais pontos da campanha será o lançamento de um selo de qualidade, que vai garantir a procedência da massa.
No Paraná, as cotações do trigo pararam de subir.
Segundo Nelson Costa, coordenador do departamento econômico da Ocepar (Organização das Cooperativas do Estado do Paraná), o trigo é negociado em torno de R$ 210 a tonelada nas regiões produtoras do Estado.

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