São Paulo, terça-feira, 28 de novembro de 1995 |
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Fiesp leva a Serra projeto com medidas para incentivar setor
ANTONIO CARLOS SEIDL
"Não queremos maracutaia ou dinheiro público, mas vamos reclamar da manutenção dessa política de restrição ao crédito e de juros altos por um período mais longo", afirmou Moreira Ferreira, ao divulgar, ontem, o documento. A Fiesp, disse, reafirma sua crença no Plano Real, mas está preocupada com a queda de 22,7% no nível da atividade industrial e de 4,7% do emprego industrial entre março e setembro. Moreira Ferreira disse que as medidas sugeridas pela Fiesp são "pertinentes, cabíveis e oportunas". Elas objetivam, afirmou, adequar a intensidade da política monetária à necessidade de fortalecimento do setor industrial. O presidente da Fiesp afirmou que o "custo Brasil precisa e pode ser reduzido com "medidas tópicas enquanto as reformas não saem do forno do Legislativo". Segundo ele, as medidas provisórias da fusão dos bancos motivaram a Fiesp a reivindicar junto ao governo um "alívio da conjuntura adversa ao setor industrial. Entre as sugestões estão a desregulamentação das operações de financiamento de bens de consumo durável, agilização das exportações, flexibilização do mercado de trabalho e redução dos depósitos compulsórios. A Fiesp também reivindica a criação de linhas especiais de crédito para facilitar a reestruturação de empresas e setores industriais. Moreira Ferreira disse esperar que o governo receba as reivindicações da indústria paulista como uma contribuição para o aperfeiçoamento do Plano Real. "O objetivo final de qualquer plano de estabilização é a retomada sustentada do crescimento da produção de bens e serviços, porque sem isso qualquer programa perde o sentido". Texto Anterior: Greve em autopeças começa na 5ª Próximo Texto: Governo faz festa para anunciar planos Índice |
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