São Paulo, quarta-feira, 29 de novembro de 1995
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Carrefour mantém estratégia de preços baixos

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

A rede de hipermercados Carrefour está decidida a manter firme sua estratégia de vender qualquer um dos seus 40 mil itens com os menores preços do mercado.
A briga pelos preços mais baixos "vale para o Wal-Mart ou qualquer outro concorrente", diz Antônio Baptista, diretor de mercadorias não-alimentares do Carrefour.
Para vender mais barato, afirma, a empresa "está sempre em negociação com os fornecedores" e mantém uma equipe que pesquisa preços nas lojas que estão próximas às suas, num raio de até 15 minutos de carro.
"Quando vemos um concorrente comercializando um produto com preço abaixo do nosso custo procuramos negociar melhores condições de preços com os fornecedores."
Para ele, vender uma mercadoria com preço abaixo de custo é típico de um momento de inauguração -que pode se estender por um período que vai de três semanas a um mês.
"Agora, uma política sustentada de venda com prejuízo é impossível. As empresas têm de ser economicamente saudáveis", afirma, ao comentar a estréia do Wal-Mart no mercado brasileiro.
Baptista diz que o Carrefour vai seguir fielmente sua filosofia de vender grandes volumes com margens de lucro baixas e manter sempre o maior número de itens "debaixo do mesmo teto".
É assim que a empresa, diz ele, discretamente, pretende concorrer com o Wal-Mart, com as tradicionais lojas do mercado e com as novas que surgirão no país.
Para 1996, o Carrefour reserva um investimento de US$ 200 milhões para abrir novas lojas no Brasil. O mesmo valor gasto neste ano. Só em São Paulo, a estratégia é pular de 12 para 25 lojas "no curto prazo".
Hoje, o Carrefour tem 38 lojas no Brasil, emprega cerca de 24 mil pessoas (4.000 a mais do que no ano passado) e tem faturamento da ordem de R$ 3,6 bilhões (1994).
"O que posso dizer é que nós continuamos apostando fortemente no mercado brasileiro."

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