São Paulo, quarta-feira, 29 de novembro de 1995 |
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Festival Pablo Casals tem versão brasileira
WILLIAM LI
Os concertos serão em São Paulo no Teatro Arthur Rubinstein dentro da série Hebraica/Banco de Boston. O custo de trazê-lo ao Brasil foi de 550 mil francos franceses (cerca de R$ 100 mil). Pablo Casals (1876-1973) foi sem dúvida o maior violoncelista do século 20. Apresentou-se pela primeira vez em Paris em 1898 e, assim como Paganini fez com o violino, revolucionou o papel do violoncelo devido a seu grande virtuosismo. Casals destacou-se principalmente por suas interpretações das dificílimas Sonatas para Violoncelo Solo, de Bach. Em 1905 formou um conjunto de câmara que reunia celebridades como Alfred Cortot e Jacques Thibaud. Em 1940, após a Guerra Civil Espanhola, Casals exilou-se na França em protesto ao regime de Franco e decidiu não mais tocar no seu país. Fixou residência em Prades. Em 1950, por ocasião das comemorações do bi-centenário da morte de Bach, organizou o primeiro festival, que após a sua morte passou a se chamar Festival Pablo Casals. Aqui em São Paulo estão programados sete concertos e o repertório inclui a música de câmera dos clássicos e românticos, com ênfase em Mozart, Brahms, Beethoven e Schubert. Com a exceção do pianista brasileiro Jean-Louis Steurmann, os músicos são ilustres desconhecidos, vindos da Finlândia, Bucareste, Bordeaux, Montpellier. O evento se destaca mais pela quantidade do que pela qualidade; e nem será apresentado tudo o que houve em Prades, mas apenas uma amostra. De qualquer forma, é meritório trazer a São Paulo eventos desse tipo. Quem sabe os ilustres desconhecidos músicos franceses e finlandeses revelem ser grandes talentos e não serem mais desconhecidos. Cada concerto custa R$ 20. A assinatura para os sete concertos saem por R$ 126. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (011) 818-8888. Texto Anterior: Burt Lancaster brilha duas vezes Próximo Texto: Maestro Slatkin ousa em primeiro disco Índice |
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