São Paulo, sexta-feira, 1 de dezembro de 1995
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Atividade industrial cresce 4,3% em SP

ANTONIO CARLOS SEIDL
DA REPORTAGEM LOCAL

O indicador do nível de atividade (INA) da indústria paulista registrou crescimento de 4,3% em outubro em relação ao mês anterior, informou ontem a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
O resultado mostra uma reversão da tendência de queda que vinha caracterizando a atividade industrial desde a introdução das medidas de contenção do consumo pelo governo em março deste ano.
"A expectativa de que estávamos saindo do fundo do poço começa a se confirmar", afirma Boris Tabacof, diretor titular do Departamento de Economia da Fiesp.
Tabacof atribuiu a reversão da queda da atividade industrial à quatro fatores: "desova" de estoques; utilização de recursos externos para financiamento dos consumidores com juros mais favoráveis; redução da inadimplência do consumidor e superação das dificuldades que existiam nos contratos do setor de construção civil.
Segundo o diretor da Fiesp, não se pode ainda falar em retomada do processo de crescimento da indústria, apesar do melhor resultado de outubro.
Isso porque, disse, os juros ainda continuam muito altos, desestimulando investimentos, e o crédito restrito, inibindo o consumo.
A Fiesp, disse, acredita em estabilidade nos próximos meses. Para a entidade, as medidas de incentivo ao consumo anunciadas anteontem pelo governo ainda são "moderadas" mas representam uma sinalização "positiva" para o setor.
Queda
O INA de outubro continua negativo, porém, em relação ao mesmo mês do ano passado, registrando queda de 6,8%.
Com relação ao pico da atividade industrial este ano, em março, o INA de outubro registra queda de 19%.
As vendas reais da indústria também tiveram resultado positivo em outubro com um crescimento de 1,1% em relação a setembro.
Mas mostra desempenho negativo na comparação com outubro passado (-5,9%) e março deste ano (-21,7%).
Apesar do crescimento da produção e das vendas, o número de pessoas ocupadas na indústria paulista em outubro encontrava-se 4,8% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado.
(ACS)

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