São Paulo, sexta-feira, 1 de dezembro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Borges vence 200 m livre no Mundial de natação

RODRIGO BERTOLOTTO
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

Com um tempo de 1min45s55, o brasileiro Gustavo Borges venceu ontem os 200 m livre, masculino, do 2º Mundial de natação em piscina curta (25 metros), disputado na praia de Copacabana (Rio).
Foi o primeiro ouro do Brasil na competição, mas o nadador natural de Ribeirão Preto (SP) ficou confiante em outra vitória hoje.
"Acho que vamos disputar o ouro com a Alemanha na prova de 4x200 m livre. A Austrália, que era outra favorita, está com tempos individuais muito fracos", disse Borges, que atualmente treina na Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.
Além dessas duas provas, Borges disputará os 50 m e 100 m livres, o revezamento 4x100 m medley e o 4x100 m livre.
Mesmo com o sucesso de Gustavo Borges, o Brasil não passou do quinto lugar no quadro geral de medalhas no primeiro dos quatro dias de competição.
A Austrália está na primeira colocação, com três ouros, uma prata e três bronzes.
Venceu os 100 m borboleta masculino (Scott Miller, com 52s38), os 200 m borboleta feminino (Susan O'Neil, com 2min06s18) e os 400 m medley masculino (Matthew Dunn, com 4min08s02). Esses dois últimos tempos bateram os recordes do Mundial anterior, em 1993, em Palma de Mallorca, Espanha.
O Canadá ocupa o segundo posto, com duas medalhas de ouro e duas de prata.
As canadenses Joanne Malar e Nancy Sweetnam fizeram a dobradinha ouro e prata nos 400 m medley. Malar voltou à piscina para vencer, junto com outras três nadadoras do país, o revezamento 4x200 m livre.
A China, que ficou com 10 das 32 medalhas de ouro do último Mundial, começou discretamente a competição deste ano: um ouro e duas pratas.
O destaque foi os 100 m livre feminino: Jingyi Le (53s23) e Na Chao (54s52) chegaram em primeiro e segundo, respectivamente.
A alemã Franziska Van Almsick, que também ganha a vida como modelo fotográfico e era uma das favoritas na prova, foi desclassificada por queimar a prova de propósito, segundo os juízes.
Ainda à frente do Brasil ficou a Nova Zelândia. Além de ter feito o segundo lugar na prova vencida por Gustavo Borges, com Trent Bray, a delegação neozelandesa conquistou seu primeiro ouro com a sua equipe masculina nos 4x100 medley, com a marca de 3min35s69.
O destaque negativo do dia foi a brasileira Gabrielle Rose, esperança nos 100 m livre. Rose, única nadadora do país já classificada para a Olimpíada de Atlanta, foi mal nas eliminatórias da manhã. Acabou ficando com o 12º posto na eliminatória e o 13º na final B.

Texto Anterior: ANTEONTEM
Próximo Texto: Pane no placar provoca vaias
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.