São Paulo, sexta-feira, 1 de dezembro de 1995
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Denúncia incrimina militar

DENISE CHRISPIM MARIN
DE BUENOS AIRES

O ex-almirante argentino Emilio Massera e um ministro do atual governo -cujo nome não foi revelado- serão processados pela morte do engenheiro Maurício Schoklender e sua mulher, Maria Cristina, em 1981.
A denúncia será feita pelo advogado Jorde Goodbar. Ele defende os filhos das vítimas, Sérgio e Paulo, condenados à prisão perpétua pelo assassinato.
Massera, um dos chefes das Juntas Militares que governaram a Argentina durante o regime militar (1976-1983), nega as acusações.
Segundo Goodbar, o casal atuava no tráfico ilegal de armas à Esma (Escola Militar da Armada). O então almirante Massera seria o comprador e o atual ministro o teria auxiliado nesta operação.
"Ainda faltam algumas provas, mas estamos trabalhando para consegui-las", afirmou Goodbar.
Sérgio, 37, conseguiu liberdade condicional após 14 anos de prisão. Paulo, 34, continua preso.
As vítimas, estranguladas, foram encontradas no porta-malas de um carro. Os filhos fugiram de casa e foram apontados como suspeitos. Sérgio acabou confessando.
Somente em 88 a Corte Suprema condenou Paulo à prisão perpétua. Sergio lança o livro "Inferno e Ressurreição", no qual relata o tempo de prisão.
(DCM)

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