São Paulo, sexta-feira, 1 de dezembro de 1995
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Palestinos sequestram 2 israelenses

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Integrantes do grupo Fatah, uma facção da OLP, sequestraram na madrugada de ontem dois soldados israelenses em Jenin (Cisjordânia).
A ação foi uma retaliação à tentativa de prender um ativista do grupo, procurado por Israel.
Os dois foram libertados por membros da facção Panteras Negras, da Fatah, depois de mediação de Israel e da OLP.
Pouco depois, tropas israelenses suspenderam o cerco a um café onde Samir Zakarneh, membro da Fatah, se refugiou. Ele se rendeu a policiais palestinos.
O líder da OLP, Iasser Arafat, também pertence à Fatah. O incidente provocou a suspensão por um dia de preparativos para a retirada israelense da Cisjordânia.
O comandante militar de Israel na Cisjordânia disse que a suspensão não interrompe o processo de paz. A medida deveria vigorar até a realização de reunião com oficiais da OLP, na noite de ontem.
"Num local sob responsabilidade da Autoridade Palestina, eles (palestinos) devem prover total segurança a moradores israelenses, aos que viajam na área -soldados e civis- o tempo todo", disse à Rádio Israel o comandante israelense, general Gabi Ofir.
Jenin passou para controle palestino neste mês, como parte de um acordo de expansão da autonomia palestina. Israel ainda é responsável pela segurança de áreas rurais ao redor da cidade.
O comandante da polícia palestina lamentou o fato e disse que os sequestradores serão punidos.
Em outro incidente perto da cidade, dois soldados de uma patrulha israelense que escoltava um ônibus foram feridos a tiros.
Um oficial palestino disse que o atentado ocorreu em uma área sob responsabilidade de Israel.
Pelo menos 18 manifestantes palestinos e 3 soldados israelenses ficaram feridos durante um confronto em Nablus, Cisjordânia. Eles saíram às ruas para lembrar o sexto aniversário da morte de cinco membros dos Panteras Negras, mortos por tropas israelenses.
Aviões israelenses bombardearam pelo terceiro dia consecutivo bases guerrilheiras ao norte da região ocupada no sul do Líbano.
A Justiça israelense prorrogou ontem por mais quatro dias a prisão preventiva de Yigal Amir, que confessou ter matado o premiê de Israel Yitzhak Rabin.
Um porta-voz disse que Amir, seu irmão Hagai, e Dror Adani podem ser acusados formalmente pelo crime na semana que vem.
A polícia também confirmou a prisão do extremista judeu Eyal Kenin, acusado de planejar um ataque com um foguete contra a Mesquita da Rocha, na parte velha de Jerusalém.

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