São Paulo, domingo, 3 de dezembro de 1995
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a crise vista por dentro

ARMANDO ANTENORE

O que você vai ler nesta e em outras duas páginas são relatos de homens que precisaram repensar a masculinidade. Há o dom-juan que se descobriu gay, o engenheiro que não conseguiu transar durante cinco anos, o quarentão que recomeçou a vida depois de se apaixonar por uma mulher mais jovem e o pai que teve de se afastar do filho.
Colher os depoimentos reforçou o que o senso comum diz há muito tempo: homem teme se abrir. A Revista da Folha tentou ouvir pelo menos dez, mas apenas quatro aceitaram falar. O contato se deu por meio de terceiros -em geral, psicólogos.
Num horário predeterminado, os entrevistados telefonavam para o repórter e contavam suas histórias. São homens sem rosto nem identidade. Usam nomes fictícios, não se deixam fotografar (o único que permitiu posou de costas).
Só assim, protegidos pelo anonimato, se desnudaram. Tiveram de abandonar a persona social para admitir publicamente dúvidas e fragilidades.

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