São Paulo, segunda-feira, 4 de dezembro de 1995
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Diários mudam na França

DE PARIS

A situação econômica da imprensa francesa pode ser ilustrada por uma nota que o diretor do "Libération", Serge July, distribuiu aos jornalistas em outubro.
"Pela primeira vez desde 1981 a existência do 'Libération' está em perigo", escreveu. O jornal, um dos três mais prestigiosos do país, prevê um prejuízo de US$ 22,4 milhões em 1995, para um faturamento de US$ 81,6 milhões.
As receitas publicitárias estagnaram há cinco anos e os maiores jornais vendem menos a cada ano desde 1990. O preço do papel-de-imprensa aumentou 25% este ano. "O aumento do preço do papel foi um choque do petróleo para nós", diz Jean Miot, presidente da Federação Nacional da Imprensa Francesa.
Reformas gráficas e criação ou aperfeiçoamento de novas seções são as estratégias para tentar reverter a situação. O "Libération" (180 mil exemplares por dia) mudou o desenho de suas páginas em setembro de 1994. Conseguiu apenas uma recuperação passageira.
O "Le Monde" (380 mil exemplares por dia) também foi redesenhado este ano e recuperou quase todos os leitores perdidos desde 1990 -um crescimento de 13% na circulação.

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