São Paulo, segunda-feira, 4 de dezembro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Irmão de vítima acusa jogador pela batida

DA SUCURSAL DO RIO

O enterro de Joana Martins Couto, 16, foi marcado pelas acusações de Daniel Martins Couto, irmão da jovem, ao jogador Edmundo. Joana estava no carro do jogador no momento do acidente.
Daniel culpou Edmundo pela morte da irmã e disse querer que o jogador seja processado. Joana foi enterrada ontem às 11h30 no Cemitério do Caju (zona norte).
Daniel disse que antes da morte da irmã, Roberta Campos -amiga do jogador e que também estava no jipe- telefonou em nome de Edmundo oferecendo dinheiro.
Isso com dois objetivos: cobrir despesas com o tratamento de Joana e impedir que a família criasse polêmica em torno do acidente.
Na saída do enterro, Daniel tentou agredir o advogado Edmundo Coelho, que acompanhara Roberta Campos ao cemitério. Roberta era amiga de Joana e foi quem a convidou para ir a boate Hippopotamus no carro do jogador. Daniel acusou Coelho e Roberta de receberem dinheiro de Edmundo.
A mãe de Daniel e Joana, Iliane Artiga Martins Couto, nega que tenha havido qualquer pedido de silêncio em torno do caso. "Ela (Roberta) nos disse que Edmundo oferecia o que fosse preciso para salvar minha filha", disse Iliane.
"Eu apenas ofereci assistência médica e jurídica. Todos nós fomos vítimas de uma tragédia", disse, mais tarde, Edmundo.
A polícia do Rio instaurou inquérito criminal na 14º DP (Delegacia de Polícia) para apurar de quem foi a culpa pelo acidente. O resultado da perícia só sai em alguns dias.
Se ficar provocado pela perícia e pelos depoimentos que o acidente foi provocado por Edmundo, ele pode ser denunciado por homicídio culposo (não-intencional).

Texto Anterior: Edmundo nega culpa pelo acidente; morre 3ª vítima
Próximo Texto: Uma síndrome de Terceiro Mundo
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.