São Paulo, quinta-feira, 7 de dezembro de 1995 |
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Brasil fecha hoje acordo automotivo
CLÁUDIA TREVISAN
O secretário de indústria argentino, Carlos Magariños, afirmou ontem que, apesar das divergências, estava convicto de que o acordo entraria em vigor em 1º de janeiro, para vigorar até 1999. No final da tarde, ele se reuniu com a ministra da Indústria e Comércio do Brasil, Dorothea Werneck. Ela afirmou que estava confiante no fechamento do acordo. Magariños chegou ontem a Punta Del Este, no Uruguai, onde se realiza reunião dos quatro países integrantes do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai). O acordo estabelecerá regras que permitam equilíbrio nas relações comerciais do setor automobilístico entre Brasil e Argentina. Até o ano passado, essa relação era vantajosa para o Brasil. Magariños diz que, entre 91 e 94, a Argentina acumulou um déficit de US$ 1,35 bilhão nas relações comerciais do setor com o Brasil. Em 95, a proporção de inverteu. O secretário acredita que, neste ano, o seu país terá um superávit de US$ 150 milhões. Segundo ele, até o final de 95, os brasileiros terão comprado de 50 mil a 60 mil veículos argentinos. Em contrapartida, diz, o Brasil deverá exportar entre 40 mil e 50 mil carros para a Argentina. Um dos problemas para a conclusão do acordo é a definição de critérios para cálculo do peso dos produtos nacionais e estrangeiros na composição final do carro. Para Magariños, falta definir a fórmula para se fazer os cálculos. Ele defende o critério do preço total das peças no preço final do carro. Os dois países terão de harmonizar ainda o tratamento que dão à importação de insumos (itens usados na fabricação de um carro). Os regimes refletem as diferenças entre as políticas industriais adotadas por cada um dos países. Segundo Magariños, o Brasil adota o incentivo às matérias-primas, enquanto a Argentina tem a meta de especializar seu parque industrial. Texto Anterior: Cai juro no mercado futuro; Bolsa sobe Próximo Texto: Comdex quer ser o varejo da informática Índice |
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