São Paulo, segunda-feira, 11 de dezembro de 1995 |
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Migrantes se espantam com SP
AURELIANO BIANCARELLI
Entre os migrantes que estavam ontem no centro de São Paulo para assistir ao show de Caetano, as primeiras impressões também foram de espanto. A primeira coisa que a professora Selma Borges, 33, viu ao chegar à cidade foi uma escada rolante. "Nunca tinha visto aquilo. Achei maravilhoso e comecei a subir em todas elas porque achava que me levariam ao lugar certo." Ao sair da rodoviária, onde havia chegado de Buerarema, na Bahia, ficou um pouco "chocada" com o tamanho da cidade. "No começo, achei que não ia me acostumar, mas decidi ficar depois que vi que as revendedoras da Avon, que eu só via na TV, realmente existiam e eu poderia comprar o quanto quisesse", disse, rindo. O músico e engenheiro químico maranhense Adler São Luís (nome artístico) morou no Rio por 14 anos antes de chegar a São Paulo. Sua maior decepção quando desembarcou na cidade foi descobrir que não havia mar. "Não podia imaginar, fiquei decepcionado, mas acabei casando com uma paulista e já estou aqui há nove anos", disse. (AB) Texto Anterior: Cantor pára e pede calma Próximo Texto: Coreanos são condenados por escravizar dez brasileiros Índice |
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