São Paulo, segunda-feira, 11 de dezembro de 1995
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Venda de 'pet-food' cresce 20% ao ano

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

Um mercado de US$ 300 milhões por ano acirra a disputa da Effem, Purina e Cargill na venda de alimentos para cães e gatos e atiça a Nestlé a entrar na briga.
O consumo de "pet-food" tem crescido 20% ao ano e deve chegar a 410 mil toneladas neste ano, nos cálculos da Cargill.
Para a Purina, esse mercado é menor, da ordem de 300 mil toneladas por ano. Ambas concordam, no entanto, que vender alimentos para cães e gatos no Brasil é cada vez mais um bom negócio.
Marcas da Effem, da Purina e da Cargill, norte-americanas, participam com 50% do mercado, segundo pesquisa da Nielsen feita em supermercados -representam 35% da venda de "pet-food".
O potencial do mercado brasileiro, apostam Purina e Cargill, é muito maior. Só 20% dos donos de cães e gatos domésticos -eles são cerca de 21 milhões- dão alimento pronto para os animais.
Daí a decisão delas de expandir seus negócios no país e trabalhar para mudar o hábito daqueles que têm animais em casa e que os alimentam com restos de comida.
Em 1996, a Purina, instalada em Ribeirão Preto (SP), vai investir US$ 12 milhões para aumentar 20% a produção. Também está nos planos da empresa a construção de uma nova fábrica, com investimentos da ordem de US$ 25 milhões. O local não foi definido.
A Cargill, que tem uma fábrica em Paulínia (SP), vai investir US$ 4 milhões na construção de nova unidade no Rio de Janeiro.
A idéia da empresa, que faz 30 mil toneladas por ano desses produtos, é dobrar a produção a partir de maio de 1996. A Effem considera o mercado tão estratégico que não quer nem tocar no assunto.
A Nestlé detectou o potencial de consumo de "pet-food" no país e decidiu brigar pelo mercado a partir do primeiro semestre de 96. No início, trará os produtos dos EUA.
Praticidade
Dois motivos principais estão fazendo crescer a venda de alimentos para cães e gatos no Brasil: "O reconhecimento de que ração balanceada é a melhor alimentação do animal e a sua praticidade", diz José Maria Parra, vice-presidente da Cargill.
"As indústrias estão melhorando cada vez mais a qualidade desses alimentos", acrescenta José Cesar Carazzi, diretor da Purina.

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