São Paulo, quarta-feira, 13 de dezembro de 1995 |
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Buaiz congela gasto com servidores; PT reage
CLÓVIS ROSSI
Consequência inevitável: Buaiz abriu uma crise com a sua própria bancada. "Dos quatro deputados que o PT tem, apenas o líder do governo apóia as propostas", diz. Para tentar evitar que a crise com a bancada se espraie além dos limites do Estado, Buaiz pediu à Direção Nacional do PT que designasse um de seus integrantes para acompanhar todas as negociações com o funcionalismo. "Mandem alguém porque, senão, a coisa vai ficar feia", foi o recado de Buaiz, atendido pela cúpula partidária, que designou o vice-presidente, Luís Dulci. O pacote relativo ao funcionalismo prevê, além do congelamento dos gastos, a colocação em disponibilidade de quem aceite ficar em casa pelos próximos seis meses, recebendo apenas a metade do salário. Com isso, acredita o governador, o funcionário poderá conseguir um outro emprego, ainda que temporário. Buaiz diz que foi obrigado a adotar tais providências porque a folha de pagamentos está consumindo 91% da receita. Pior ainda: a distribuição de encargos é muito irregular, a ponto de apenas 18% do funcionalismo consumir o equivalente a 53% de todo o gasto com salários. Já os professores, que são 43% do funcionalismo, ficam com apenas 22% da folha. O governador viaja hoje para Brasília para tentar fechar o acordo para um empréstimo do Banco Central e da Caixa Econômica Federal, no valor de R$ 100 milhões, para respirar por algum tempo. Texto Anterior: PFL recebe adesões e ameaça PMDB Próximo Texto: MST promete 'janeiro quente' de invasões Índice |
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