São Paulo, quarta-feira, 13 de dezembro de 1995
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FGTS financia casa própria a quem poupar de 5% a 15%

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo vai exigir uma poupança maior dos trabalhadores interessados em financiar a construção ou comprar casa própria com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
A idéia é cobrar uma contrapartida maior das pessoas que quiserem empréstimos do FGTS para ter moradia. O voto do Ministério do Planejamento, nesse sentido, foi aprovado ontem pelo Conselho Curador do fundo.
No Programa Carta de Crédito -financiamento até R$ 29 mil a quem ganha até R$ 1.200-, a poupança exigida será de 5% a 15% do valor do crédito -como era o plano original do governo. Os trabalhadores já selecionados em 95, no entanto, estão sujeitos às atuais regras -de 2,5% a 10%.
Nesse programa, o conselho também ampliou o acesso dos trabalhadores. Ele era dirigido para famílias com renda mensal de R$ 300 a R$ 1.200. Agora será estendido a famílias com renda de até R$ 1.200 -inclusive aquelas com renda mensal inferior a R$ 300.
Nos programas de saneamento e habitação para população de renda baixa, a poupança exigida de Estados e municípios interessados nas verbas passou de 20% para 30%.
"O conselho está sinalizando que quem quer ter acesso a um financiamento habitacional terá de começar a poupar", disse o diretor de Habitação do Ministério do Planejamento, Edson Ortega.
Segundo ele, o governo quer ampliar o número de pessoas que tenham moradias financiadas com recursos públicos. "A demanda é muito grande e a fonte de recursos não consegue suprir a carência."
O conselho aprovou também o orçamento para 96. O FGTS vai aplicar R$ 3,827 bilhões em programas de habitação popular e saneamento. O programa Carta de Crédito terá R$ 1,15 bilhão, contra R$ 717 milhões em 95.

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