São Paulo, sexta-feira, 15 de dezembro de 1995 |
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"Seven" choca pela violência dissimulada Morgan Freeman e Brad Pitt contracenam como detetives DANIELA FALCÃO
Dirigido por David Fincher (de "Alien 3"), "Seven" liderou por três semanas o ranking dos filmes mais vistos nos EUA quando estreou no fim de setembro. Apesar do sucesso, o filme causou bastante polêmica nos setores mais conservadores da sociedade norte-americana que o acusou de ser desnecessariamente violento. "Seven" não é um filme fácil de se ver. Na verdade, é bastante indigesto. Mas é injusto dizer que o filme faz apologia da violência. Ele é baseado em roteiro escrito pelo estreante Andrew Kevin Walker há oito anos. Brad Pitt é David Mills, um detetive em início de carreira que entra em choque com William Somerset (Morgan Freeman), um colega veterano prestes a se aposentar e desiludido com a carreira. Os dois detetives são forçados a trabalhar juntos para tentar capturar um serial killer que escolhe suas vítimas baseado nos sete pecados capitais: gula, luxúria, ira, inveja, cobiça, preguiça e orgulho. O filme choca pela maneira como o assassino tortura suas vítimas antes de matá-las. Só que a audiência não vê estas cenas porque sempre que os detetives entram em ação o assassino já fez seu trabalho. E o requinte de "Seven" está justamente aí: em vez de apelar para a violência pura, com cenas sangrentas do serial killer em ação, o filme mostra o horror crescente dos detetives à medida que vão descobrindo novas vítimas. Para Arnold Kopelson, produtor do filme, "Seven" tem mesmo o objetivo de chocar. "Ou as pessoas vão sair no meio do filme, ou ficarão com ele na cabeça por muito tempo. Não é como essas produções bobas que na hora que você sai do cinema, nem lembra mais o que viu", afirmou Kopelson à Folha. Quem pensa em ver "Seven" só por causa do rostinho bonito de Brad Pitt vai se decepcionar. Apesar de Pitt dar conta do recado, a grande estrela do filme é Freeman Próximo Texto: Morgan Freeman é cotado para Oscar Índice |
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