São Paulo, sábado, 16 de dezembro de 1995 |
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Juiz dos EUA condena menina a passar um mês acorrentada à mãe
DANIELA FALCÃO
Tonya foi presa em novembro após ter arrombado uma casa no bairro em que mora. Ela já havia passado dois meses num reformatório por roubar lojas. A mãe diz concordar com a punição, mas reclama de ter perdido a privacidade. "É uma situação muito estressante e tenho que ficar atrás de Tonya como se ela fosse um cachorrinho. Mas é melhor isso do que vê-la na cadeia. Ela é muito promíscua", disse Harter à Folha. Tonya usa uma algema no tornozelo e outra no pulso. De cada uma delas saem correntes que ficam presas no cinto de Harter. A polícia fará visitas-surpresa. Se Tonya não estiver algemada, ela irá para o reformatório e sua mãe passará um mês presa. Mãe e filha dormem na mesma cama, vão juntas à escola e ao supermercado. Quando uma precisa ir ao banheiro, a outra acompanha. Tonya afirmou que ficar algemada "não é tão ruim quanto parece". Segundo sua mãe, é a primeira vez no ano em que ela assiste todas as aulas da escola. "Não dá mais para sair à noite. Isso é o pior", disse Tonya. O juiz Wayne Creech, autor da sentença, garante que sua decisão não fere a lei. "Pesquisei antes de adotar esta medida. Minhas intenções são as melhores. No início do ano, ele impôs a mesma pena a um garoto de 14 anos. Texto Anterior: Senado pode ir à Justiça por papéis de Clinton Próximo Texto: Sérvios encerram estado de guerra Índice |
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