São Paulo, domingo, 17 de dezembro de 1995
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20 corpos são resgatados de acidente com ônibus

DA FOLHA SUDESTE

O IML de Rio Claro informou ontem que são 20 os corpos resgatados das ferragens dos veículos envolvidos em um acidente ocorrido anteontem, às 20h45, entre quatro caminhões e um ônibus no km 192 da rodovia Washington Luiz, em Corumbataí (SP).
Outras dez vítimas foram socorridas com ferimentos leves e uma pessoa foi internada com ferimentos graves em hospitais de Rio Claro e São Carlos. Ontem pela manhã os bombeiros procuravam entre as ferragens três vítimas que continuavam desaparecidas.
Segundo o médico-legista Gerhard Graetz, chefe do IML de Rio Claro, os corpos dos desaparecidos podem ter "derretido". "A temperatura no local do acidente chegou a mil graus Celsius."
Quatro corpos foram identificados oficialmente pelo IML, por meio de reconhecimento de objetos pessoais. São eles: Mário Baroni Júnior, 51, e Ana Maria Lopes, 40, ambos de Rio Preto, José Maria Alves Carvalho e o sindicalista José Jorge Pereira, 41, moradores de São Paulo.
Uma quarta vítima fatal, Doraci Ferreira Sousa, 55, de Londrina, foi reconhecida pelo genro Sérgio Mendes, que mora em Araçatuba. O sindicalista morto foi reconhecido pela namorada, Vânia Santos, 26. "Reconheci pelos dentes, umbigo e barba por fazer. Mas não sobrou praticamente nada", disse.
Outros três corpos retirados das ferragens dos caminhões envolvidos foram identificados pela Polícia Rodoviária.
São Pedro da Cunha Gonçalves, que dirigia um caminhão Fiat, Giovan da Silva, que dirigia uma carreta, e uma terceira pessoa identificada como José Geraldo, que estaria em um caminhão que transportava frangos.
A polícia ainda está apurando as causas do acidente. O motorista de um dos caminhões, que fazia parte do comboio que transportava combustível de Paulínia (SP) para Campo Grande (MS), disse que o acidente foi causado por um caminhão marca Scania que estava parado na pista.
A Viação Cometa informou ontem que dentro do ônibus envolvido no acidente viajavam 29 pessoas. João Roberto de Carvalho, advogado da empresa, negou ontem que a porta do ônibus tenha emperrado, como afirmaram anteontem algumas vítimas.
A batida causou a interdição da estrada entre 20h45 de anteontem e 7h de ontem. O congestionamento na rodovia chegou a sete quilômetros no sentido capital-interior.
No sentido interior-capital, em que ocorreu o acidente, o congestionamento foi de seis quilômetros.

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