São Paulo, domingo, 17 de dezembro de 1995 |
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Cinco motivos para festejar o Brasileiro
TELÊ SANTANA Chegando ao final do Campeonato Brasileiro, vivemos o momento do balanço geral.E fazendo o balanço, achamos, sem muito esforço, cinco motivos para comemorar. 1) Santos e Botafogo são os finalistas. É justo. Foram os dois melhores, os que mais pontos somaram no geral. Não foi surpresa que eles tenham eliminado Fluminense e Cruzeiro, que caíram nas armadilhas do regulamento. Na minha coluna da semana passada, disse que Santos e Botafogo, embalados como campeões do segundo turno, tinham mais condições de chegar à final. Fluminense e Cruzeiro, classificados pelo primeiro turno, bambearam no segundo; 2) Cabralzinho e Paulo Autuori, duas gratas surpresas, dois técnicos inteligentes, fizeram um bom plano de trabalho. Eu não conhecia muito bem o Autuori. Tinha ouvido falar do trabalho dele em Portugal, claro, mas agora pude acompanhá-lo mais de perto. O Cabralzinho, um ex-jogador, acompanhei quando defendeu o Bangu. Depois de ter trabalhado no Oriente Médio, fez um belo trabalho no Santos. O mérito do Cabralzinho foi ter criado um bom ambiente no clube, entre os jogadores. Ele, que prega a prática do futebol coletivo, tem todos os motivos para festejar. Com os jogadores unidos em torno de um ideal, fica mais fácil ganhar o título; 3) A safra de novos valores que despontam nos dois times sabe que futebol é conjunto. Não concordo com quem diz que o Santos é o Giovanni e o Botafogo, o Túlio. No Santos, vários jogadores, além dos dois, foram bem. O Edinho teve um valor inestimável. E o Jamelli? Continuo dizendo que o Jamelli, cria nossa no São Paulo, cresceu muito, amadureceu no Santos. No Botafogo, o que seria do Túlio sem as assistências de Donizete?; 4) O apoio da torcida do Santos. Fazia tempo que uma torcida não empurrava tanto um time como a do Santos na vitória contra o Fluminense, no Pacaembu. Muitos achavam uma tarefa impossível vencer o Fluminense por três gols de diferença. O santista não duvidou e empurrou o time à vitória, num grande jogo de futebol, principalmente em termos de emoção; 5) Não sei se vocês repararam, mas houve poucas jogadas violentas nos jogos decisivos, mais um motivo para estourar champanhe; O próprio Fluminense, quando levou de cinco do Santos, soube cair de pé. Um time tem que saber perder. O São Paulo caiu fora, mas nem por isso eu pedi para dar pontapé. Texto Anterior: Prazo termina em 10 de janeiro Índice |
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