São Paulo, segunda-feira, 18 de dezembro de 1995
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Estudo faz dissecação de Wagner e seus mitos

JOÃO BATISTA NATALI
DA REPORTAGEM LOCAL

Richard Wagner (1813-1883) não é apenas uma passagem obrigatória e intrigante na história da música. É também um fenômeno editorial, com 11 edições diferentes de suas cerca de 5.000 cartas, três com seus diários ou anotações, cinco com seus escritos teóricos e políticos (uma delas em 16 volumes) e algo em torno de 250 estudos bibliográficos e críticos considerados fundamentais.
Diante desse imenso caldeirão de letras impressas, pareceria no mínimo temerário sobrevoar em 517 páginas a biografia e a obra desse compositor de 13 óperas que renovou em quase tudo o que o teatro, a música e a arte lírica produziram no século 19.
O musicólogo Barry Millington, coordenando uma equipe de 17 especialistas, consegue essa façanha em "Wagner, um Compêndio", lançado em Londres, em 1992, e agora traduzido pela Zahar.
Bem mais que uma sinopse expandida de tudo o que se disse ou publicou, o livro penetra com cautela e erudição nas verdades e mentiras, em torno de um artista singular pelas controvérsias que provocou entre seus idólatras acríticos e seus detratores raivosos.
O que Millington no fundo demonstra é que os dois grupos têm factualmente razão, em parte porque o próprio Wagner operou um divisor de águas que se prolongou pelas gerações seguintes.

LEIA MAIS
sobre Wagner na pág. 5-3

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