São Paulo, terça-feira, 19 de dezembro de 1995
Próximo Texto | Índice

Livre mercado; Exercício matemático; Quatro por quatro; Foice no escuro; Fora; Pequeno detalhe; Cada um por si; Reabrindo as conversas; Revoada; Enxame

Livre mercado
A disputa entre PMDB, PFL, PPB e PSDB pela condição de maior partido da Câmara não está ajudando o governo. Ao contrário: as decisões agora têm que ser por consenso porque, se um não topar, pode obstruir a votação.

Exercício matemático
Para aprovar emendas constitucionais, por exemplo, o governo precisa de 308 votos. Se um dos quatro grandes partidos estiver contra, o governo perde cerca de 90 votos e sua bancada cai para aproximadamente 270 deputados.

Quatro por quatro
Delfim Netto define a nova correlação de forças entre os partidos governistas na Câmara: "O governo vai ser dos quatro grandes partidos ou vai ficar de quatro".

Foice no escuro
A guerra entre bancadas para atrair deputados continuará até fevereiro. Os partidos estão de olho na nova formação das comissões, já que os dois maiores escolhem os presidentes e relatores. São cargos estratégicos para o governo.

Fora
Os ministros não parecem estar acreditando em reforma ministerial por agora. Vários estão planejando viajar nos feriados. Paulo Renato, por exemplo, deve ficar do Natal até o dia 8 de janeiro em Búzios, por pressão da família.

Pequeno detalhe
Líderes governistas até gostariam de ver FHC nomear um articulador político, mas lembram que o escolhido precisaria ter ascendência sobre caciques como Serra e Serjão. Fica difícil fazer a lista com possíveis candidatos.

Cada um por si
Aliados de FHC no Congresso dizem que, na volta da Ásia, ele precisa buscar uma ação coesa de seu governo. "Falta unidade", resume um deles. A avaliação é que os ministros trabalham por suas pastas e não pelo conjunto.

Reabrindo as conversas
O relator da reforma previdenciária, Euler Ribeiro, e o líder do PMDB na Câmara, Michel Temer, tinham reunião marcada ontem, no fim do dia, com a Força Sindical. Os deputados vão ouvir também as sugestões da CUT.

Revoada
Apagado na função, o senador Artur da Távola (RJ) já disse aos tucanos que não pretende se candidatar à reeleição, em março, quando o PSDB escolherá sua nova direção. O novo presidente do partido deve ser um deputado.

Enxame
Em apenas dois dias, dez empresas já compraram o edital para se candidatarem à fabricação da máquina de votar que será usada na eleição municipal do próximo ano. O TSE prevê gastar R$ 87 milhões com o processo.

Próximo Texto: Eixo; Sem recesso; Fincando pé; Atlas ecológico; Impacto ambiental; Problemas comuns; Argumento insuficiente
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.