São Paulo, terça-feira, 19 de dezembro de 1995 |
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Petista queria ser prefeito em 1996
GEORGE ALONSO
No mesmo dia, às 21h, ele foi assassinado por três homens, emboscados em sua casa. Os três matadores deram cinco tiros. Três atingiram Nelinho. Dois acertaram as parades de madeira da casa. Há 20 dias, Nelinho vinha sofrendo ameaças. Já estava até erguendo um muro alto de madeira. Numa das tábuas, ontem, foi encontrada gravada a seguinte frase: "Nelinho, você vai morrer". Rapaz calmo, conhecido na área e com ação política "light", costumava dizer: "Não sou vereador só dos sem-terra. Sou de todos". Foi ele quem denunciou a presença de jagunços durante a ação da polícia no conflito de agosto. "Isso foi público. Os jagunços passaram dentro de uma camionete F-100, com armas à mostra. As pessoas da cidade chegaram a reclamar", disse então à Folha. Morava com Edilena. Secretária de gabinete, ela viu a agonia de Nelinho, que tentou chegar à casa do irmão, do outro lado da rua. Texto Anterior: Polícia faz desarmamento em Corumbiara Próximo Texto: Polícia Federal busca assassino Índice |
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