São Paulo, terça-feira, 19 de dezembro de 1995 |
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Confronto deixa pelo menos três mortos
LUÍS CURRO
A informação foi dada à Agência Folha às 22h de ontem pelo tenente Luiz Manoel Oliveira, após contato com policiais que estão na área. À tarde, o tenente afirmara que tinham sido quatro os mortos. O deputado federal Domingos Dutra (PT-MA), 29, que manteve contato com a CPT, afirmou que a área pertence à Colone (Companhia de Colonização do Nordeste), órgão vinculado ao Ministério da Agricultura. Segundo Dutra, os colonos tentaram impedir a entrada na área de homens enviados pelo fazendeiro Manoel Castro Bordalo para extrair madeira nobre do local. Faustino Teixeira, 50, assessor da CPT, afirmou que Bordalo se diz dono da área. Cerca de 500 famílias de colonos vivem em Cinquentinha, de acordo com o assessor da CPT. Eles cultivam milho, arroz e mandioca. Segundo o tenente Silva, o governo e o comando da Polícia Militar já estão sabendo do conflito. Ele disse que foi informado que os colonos atacaram a tiros os representantes do fazendeiro, que queriam "negociar" uma desocupação da área. Segundo o tenente, os colonos estão "entrincheirados" para proteger o Cinquentinha. "Cerca de 20 policiais estão próximos à área do conflito, aguardando ordens do comando ou alguma decisão da Justiça", disse o tenente. O secretário de Segurança Pública, Celso Ferreira, e o comandante da Polícia Militar, Manoel Moreira de Bastos, não foram localizados pela Agência Folha até as 22h15. Texto Anterior: Eduardo Jorge tem crise renal e sofre cirurgia; Deputado da CPI dos Bingos sofre infarto Próximo Texto: Mais 4 estão ameaçados Índice |
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