São Paulo, quarta-feira, 20 de dezembro de 1995 |
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Prefeitura entrega hoje o segundo trecho da avenida Água Espraiada
PATRICIA DECIA
Será a segunda solenidade de inauguração de uma avenida que está com apenas 40% do traçado concluído (2,7 quilômetros). Ao todo, ela terá sete quilômetros, ligando a avenida Washington Luiz à marginal Pinheiros. O primeiro trecho, que sai da avenida Santo Amaro, foi aberto pelo prefeito Paulo Maluf no dia 27 de outubro. A previsão para a conclusão da obra é julho de 96, com um custo total estimado em R$ 120 milhões -o suficiente para construir 12.630 casas populares. Segundo a Emurb (Empresa Municipal de Urbanismo), até agora foram gastos R$ 40 milhões na construção dos dois trechos (R$ 20 milhões cada). Mais R$ 40 milhões serão usados para pagar a desapropriação de 9.000 famílias (cerca de 40 mil pessoas) que moram nas 15 favelas por onde passa o trajeto da avenida. A Emurb calcula que apenas 1.760 famílias ainda não foram removidas. Para as desapropriações no prolongamento da avenida Faria Lima (380 imóveis), a prefeitura gastou cerca de R$ 100 milhões. A avenida Água Espraiada vai ser uma alternativa ao trânsito na avenida dos Bandeirantes e deve ter um fluxo de 10 mil veículos ao dia. São quatro faixas por sentido, separadas pelo córrego Água Espraiada (que será canalizado). Serão construídos ainda três viadutos: um ligando a marginal Pinheiros à Água Espraiada, o segundo junto à avenida Santo Amaro e o terceiro, que será iniciado amanhã, na Washington Luiz . O viaduto provocou a interdição da pista centro-bairro da avenida Washington Luiz nas proximidades da rua Palmares, com a criação de um desvio na região (veja quadro). Piscinão O projeto da prefeitura prevê também a construção de um piscinão com capacidade para 400 mil metros cúbicos de água, com o objetivo de combater enchentes na região do Aeroporto (zona sul). As obras do piscinão estão paralisadas devido à morte do estudante Elias Mariano de Oliveira Sobrinho, 13, no dia 15 de novembro. O menino foi soterrado em um deslizamento de terra, na favela do Aeroporto, provocado pelas obras do piscinão. A Emurb afirma que a construção só será retomada quando todas as famílias saírem do local. Segundo a empresa, isso não deve provocar atraso no cronograma de inaugurações. Texto Anterior: Conselho critica Richter por não liberar auditório para reunião Próximo Texto: Leitor afirma que colégio cometeu abuso Índice |
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