São Paulo, sexta-feira, 22 de dezembro de 1995
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BC viveu sob fogo cerrado, diz Loyola

Mensagem usa música 'Amanhã'

GUSTAVO PATÚ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O estado de espírito da diretoria do Banco Central transpareceu na mensagem de final de ano gravada em vídeo pelo presidente do BC, Gustavo Loyola, para os funcionários.
"O BC viveu este ano que passou sob fogo cerrado", disse Loyola na gravação exibida ontem na entrada principal da sede da instituição.
Entre os críticos do BC em 95, a quem se pode atribuir o "fogo cerrado", estão o PFL baiano, o PSDB paulista, o governador Mário Covas, o ministro José Serra (Planejamento), industriais e exportadores.
Loyola preferiu uma definição genérica. Os ataques, segundo avaliou, vieram de setores "que não compreendem a política econômica ou não concordam com ela".
Nas opinião de Loyola, o BC foi o principal responsável pelo controle da inflação -uma espécie de resposta às pressões contra as políticas de juros e de desvalorização do dólar.
Em São Paulo, Loyola, mostrou tranquilidade em almoço com banqueiros e executivos. "O Banco Central será julgado pelos resultados no combate à inflação, e não por ser o guardião de uma pasta rosa ou de qualquer outra cor", disse.
No vídeo, uma orientação para 96: que o BC receba críticas justas e conteste as injustas.
A fala de Loyola terminou com a música "Amanhã", de Guilherme Arantes, cujo verso inicial é "Amanhã será um lindo dia".

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