São Paulo, sexta-feira, 22 de dezembro de 1995
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Sequestrado é libertado por acaso em SP

DA FOLHA VALE

A Polícia Militar de Taubaté (134 km a nordeste de SP) libertou ontem o estudante Eduardo Tadatoshi Hara, 24, filho do empresário Takuji Hara, de Bragança Paulista (80 km a norte de SP). Hara passou uma hora e 15 minutos em poder de quatro sequestradores.
Durante a operação, um PM foi baleado. Hara foi sequestrado na madrugada de ontem em Bragança. Quando foi libertado, o estudante estava no porta-malas de um Passat branco (placas BJL-9640, de SP), com as mãos amarradas.
Um dos acusados foi preso. O filho do empresário foi encontrado pela PM por acaso durante uma blitz em uma área da fazenda Florin, em Taubaté -local conhecido pela polícia como ponto de desmanche de carros roubados.
Segundo o delegado de Taubaté Antônio Luiz Faria de Souza, 30, ele havia sido pego pelos sequestradores quando chegava em casa, na região central de Bragança, à 1h45 de ontem.
O estudante foi abordado por quatro pessoas armadas com pistolas semi-automáticas 7.65 e colocado no banco de trás de seu carro, um Gol azul.
O grupo seguiu no Passat e no Gol pela rodovia D. Pedro 1º até o entroncamento com a via Dutra, de onde partiu para Taubaté.
Por volta das 3h, a PM fazia uma ronda no local quando foi recebida a bala pelos sequestradores.
Durante uma troca de tiros, o PM Vanderlei de Souza Marcondes foi baleado no braço. A quadrilha conseguiu fugir.
Hara, que havia sido colocado no porta-malas do Passat, ouviu o rádio da PM e pediu socorro.
Após libertar o estudante, a PM encontrou no banco do Passat documentos em nome de Nicanor Constante Pereira Júnior, 18, que teve prisão temporária decretada ontem pela Justiça.
Com o auxílio do COE (Comando de Operações Especiais), da Polícia Militar de São Paulo, a PM de Taubaté iniciou por volta das 5h uma varredura na área onde houve a troca de tiros e conseguiu prender Pedro Paulo Fernando Vaz, 25, de Rio Claro (SP).
Vaz foi preso às 8h, quando andava na via Dutra. Encaminhado à delegacia, ele foi reconhecido pelo estudante como sendo um dos sequestradores. Vaz negou à Folha participação no sequestro.

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