São Paulo, sexta-feira, 22 de dezembro de 1995 |
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Cartolas ganham presentão do Papai Noel
BARBARA GANCIA
A lista é longa, mas, pessoalmente, eu começaria enviando sacos e mais sacos de carvão a todos os cartolas do futebol brasileiro. Mandaria também um pacote de férias, incluindo passagem e estadia em hotel do cais do porto de Santos, ao ilustre árbitro Márcio Rezende de Freitas, aquela sumidade que apitou a final do Campeonato Brasileiro entre Santos e Botafogo. Não é que o bicho teve a pachorra de jogar a responsabilidade para escanteio e declarar que os primeiros dois gols do jogo no Pacaembu, um do Botafogo, outro do Santos, foram mesmo irregulares -mas que a culpa não foi dele e sim do bandeirinha? A despeito dos talentos revelados este ano pelo futebol brasileiro, como Giovanni, Carlinhos (Santos), Sorlei, Beto e Donizete -a lista vai longe-, nosso ludopédio continua a ser conduzido ao ritmo de pelada em terreno baldio. Senão, vejamos: antes da semifinal contra o Santos, o atacante Renato Gaúcho se prontificou a pagar os salários atrasados dos jogadores do Flu. Onde estamos? Desde quando essa é uma proposta aceitável para um time profissional? Se o Fluminense não tivesse se embananado com suas finanças, o Renato Gaúcho não teria brecha para fazer bravatas. Mesmo porque, após a derrota para o Santos, ele não tocou mais no assunto. A gentil leitora Elizabeth Figueiredo Monsef Borges me envia cartinha sugerindo que esta coluna lance uma campanha para que cada santista doe "R$ 5,00 ou R$ 10,00" a fim de impedir a venda do Giovanni. Ora, ora, não se apoquente, dona Elizabeth. O Santos de hoje não é nenhum Fluminense. Este ano demonstrou que pretende mesmo botar a casa em ordem. Se continuar com a atual política, se gastar menos do que arrecada, não terá de vender Giovanni coisa nenhuma. E bom Natal. Texto Anterior: Supermercados de SP abrem no domingo até 18h Próximo Texto: Dicas; Uri Geller; Bye bye Índice |
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