São Paulo, sábado, 23 de dezembro de 1995 |
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Eletricista pode ter risco maior de câncer
DA REPORTAGEM LOCAL Eletricistas podem ter riscos maiores de câncer no cérebro, sugere estudo publicado na Revista de Medicina Ambiental e Ocupacional ("Journal of Occupational and Environmental Medicine").A revista é publicada pela Faculdade Americana de Medicina Ocupacional e Ambiental, que reúne mais de 7.000 médicos e é a maior sociedade mundial que trata de saúde e ambiente de trabalho. Segundo pesquisadores do Instituto de Pesquisas de Energia Elétrica dos EUA, o risco de desenvolver câncer no cérebro é 10% a 20% maior em trabalhadores classificados na categoria ocupações elétricas que nos outros. Segundo a equipe de Leeka Kheifets, os riscos são ainda maiores em pessoas cujo trabalho envolve exposição contínua a campos eletromagnéticos (eletricistas e operadores de usinas de força). Campos magnéticos se formam em torno de qualquer corrente elétrica, mas são muito mais intensos em torno de cabos de alta tensão. O estudo se baseou num método conhecido como meta-análise. Nesse método, cientistas exploram motivos de estudos anteriores terem resultados conflitantes. Segundo os cientistas, que avaliaram 29 estudos de 12 países, a maioria dos estudos dos EUA apontou risco 40% maior nas pessoas expostas a campos eletromagnéticos. Estudos da Escandinávia não apontam risco maior. Quando os níveis de exposição estão disponíveis, afirmam os pesquisadores, eles não mostram claramente uma relação entre a "dose de exposição" a campos eletromagnéticos e o risco de câncer. Entretanto, dizem, as evidências sugerem que pessoas expostas continuamente a esses campos têm risco maior, embora pequeno, de desenvolver câncer no cérebro. Os cientistas também especulam que essas pessoas podem ter um predisposição genética ao câncer. Texto Anterior: Prefeitura nega ter favorecido TV a cabo no Rio Próximo Texto: Cientistas buscam salvar primata Índice |
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