São Paulo, domingo, 24 de dezembro de 1995
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COB descarta levar atletas 'convidados' à Olimpíada

Comitê estima que país terá 200 participantes nos Jogos

EDGARD ALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

Carlos Arthur Nuzman, 53, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, mantém a posição de levar apenas participantes que tenham obtido índices ou modalidades que conquistaram suas vagas em torneios seletivos.
Em alguns esportes como o arco e flecha, o Brasil ainda pode ser convidado. Mas, por convite, o Brasil não terá representante em Atlanta, avisa o dirigente. Com isso, ele espera valorizar os esportes que se classificaram por intermédio de seus resultados.
O COB estima em aproximadamente 200 atletas o número de integrantes da delegação brasileira na Olimpíada de Atlanta.(EA)

Folha - A verba de R$ 3 milhões para gastos com a delegação olímpica já existe?
Carlos Arthur Nuzman - Não. Estamos pedindo ajuda ao Indesp (Instituto Nacional do Desenvolvimento Desportivo) e buscando patrocínios.
Folha - Como é o processo de distribuição de verba?
Nuzman - A modalidade apresenta um projeto, que precisa ter sustentação. Não é como fatia de bolo. É de acordo com o interesse do programa de cada confederação. Temos o departamento técnico, que analisa. Tem confederação que participa mais. É nossa intenção ajudar a todos.
Folha - O governo brasileiro vai contribuir com recursos para o treinamento da delegação?
Nuzman - Tem verba sendo alocada para a promoção de eventos. Competição também faz parte de treinamento. Isso é com Instituto Nacional do Desenvolvimento Desportivo.
Folha - O COB não vai levar atletas que forem convidados?
Nuzman - Por convite não vai. Só vai quem conseguiu classificação. O handebol masculino é um caso diferente. Caso Cuba desista, o Brasil está classificado a seguir e ganha o direito à vaga.
Folha - O planejamento das confederações está atrasado?
Nuzman - Houve crescimento no relacionamento das confederações com o Comitê. São grandes o entendimento e a aceitação. A integração cresceu.
Folha - Quais são os obstáculos que a nova diretoria do COB enfrenta na primeira experiência de formar delegação?
Nuzman - Problema é o tempo. O dia deveria ter 72 e não 24 horas.
Procuramos nos estruturar e conseguir recursos oferecendo algo mais para os patrocinadores. Estou satisfeito, porque eles têm dado apoio.

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