São Paulo, domingo, 24 de dezembro de 1995 |
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tutu à inglesa por Patricia Carta PATRICIA CARTA
A última coleção da dupla, do verão de 1996, apresentada em outubro na embaixada brasileira, estava tomada pelos melhores compradores e a nata da imprensa internacional -a mesma que os consagrou e os divulgou no inverno passado. Antenadíssimos, Suzanne e Inácio (também conhecido como Papaulo) pularam do conservador-chique para o suburban-chique e garantiram presença nas revistas mais respeitadas do mundo fashion, "Vogue" e "Harper's Bazaar" à frente. Ponto para o casal, que percebeu, de novo, a hora de subverter a ordem. A primeira vez foi em 1992, quando, no auge do desconstrutivismo belga, surpreendeu com uma moda muito bem-construída. Agora, substituíram a pesquisa na alta-costura e a inspiração nos costureiros Oleg Cassini e Courregés pelos catálogos da Sears das décadas de 30 e 40. Trocaram Jackie Kennedy por Faye Dunaway, o visual de bom gosto dos anos 60 pela falta de gosto dos 70. Abandonaram o preto, o branco, o camelo e o brocado. Assumiram as cores fortes, o floral, o xadrez e o gelo. Mas confirmaram as formas simples, a preocupação de sempre com os materiais e o mesmo acabamento impecável. Sem nenhum artifício, criaram uma moda à vontade, fácil de usar. Ribeiro acredita na elegância sem esforço e detesta a modernidade do estilista austríaco Helmut Lang (um dos deuses da moda). "Ele faz peças mal cortadas e usa tecidos esquisitos", diz Ribeiro. "Não dá vontade de usar", acrescenta, seguro. Afinal, a etiqueta anglo-brasileira está nas lojas Liberty e Harrods, em Londres; Henri Bendel e Barney's, em Nova York e Beverly Hills; Joyce, em Hong kong; e 42 pontos-de-venda no Japão. Além disso, a Clements Ribeiro prepara uma coleção "cápsula" para a tradicional Burberry's. Texto Anterior: "não somos Raimundos" Próximo Texto: minicirco em casa Índice |
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