São Paulo, domingo, 24 de dezembro de 1995
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Abrir loja requer avaliação antecipada

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Avaliar o movimento e o tamanho dos shopping centers múltiplos são os primeiros passos para quem quer abrir uma loja perto desses centros, afirma Carlos Alberto China, 42, sócio da Geomarket Estudos de Mercados.
Segundo Tadeu Francisco Masano, da Estudos Empresariais, os múltiplos são "pólos geradores de tráfego". "Chamam para si o movimento de pessoas."
Os dois profissionais fazem estudos de localização, potencial e mercado dos pontos-de-vendas.
Esses shopping centers são, geralmente, destinados às classes B e C. Por isso, não têm estacionamento e estão perto do metrô.
Abrir um café entre a estação e o centro comercial ou ver se existe um posto de gasolina e até mesmo um local que possa ser transformado em um estacionamento podem ser boas opções.
Masano explica que, antes de inaugurar um comércio, é preciso estudar os quatro "p": ponto, preço, promoção e produto.
"Se algum desses itens é ruim, é necessário trabalhar muito mais os outros", diz Masano.
Shopping em local isolado ou instalado em área muito residencial pode frustrar a expectativa do lojista, alerta China.
Um exemplo é o Shopping Plus, na rua da Paz, em Santo Amaro. Inaugurado há cinco meses, o centro recebe a visita de 5.000 pessoas por final de semana.
Devido à baixa frequência, se comparado com Multishop, na Vila Mariana, que registra dez vezes esse movimento, o centro não provocou nenhuma mudança comercial ao seu redor.
Tanto para Masano quanto para China, o Multishop é um fenômeno. Após ser inaugurado, há mais de três anos, surgiram no local diversos tipos de comércio.
A rua Pelotas, onde está localizado, é agora mão única devido ao grande movimento.
China afirma que usar a criatividade para não repetir os produtos que são vendidos podem tornar o negócio um pouco mais lucrativo.
Para Masano ficar próximo de um-ou vários- concorrentes não é ruim. "Veja o exemplo das ruas 25 de Março e Santa Efigênia (ambas na região central)", exemplifica.
Para ele, há três tipos de vendas: os geradores -atraem as pessoas-; de vizinhança -negócios obtidos em função da atração gerada pelo vizinho-; e de impulso.

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