São Paulo, quarta-feira, 27 de dezembro de 1995
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"Big" brinca com o mundo

MARCELO REZENDE
DA REPORTAGEM LOCAL

Entre todos os chamados "filmes de transferência" realizados na década de 80 -montados pelo jogo do um que toma o lugar do outro- o mais lírico talvez seja "Big - Quero Ser Grande" (Fox, 21h).
Dirigido por Penny Marshall em 1988, o filme mostra a história de uma garoto que se cansa de sua infância e passa a desejar a vida adulta. Um dia, como mágica, isso acontece.
Mas o fato se dá de tal forma que apenas seu corpo cresce, fazendo com que um homem de 20 anos tenha a mente, e por consequência as atitudes, de um menino de 12.
Há então a graça, a confusão e o devaneio que vêm da mistura desses dois universos. E há também um tom de ternura que Marshall consegue imprimir por todo o filme, criando a idéia de que o mundo, as coisas que o compõem, se prestam ao papel de meros brinquedos.
Um pouco responsável por ter feito de Tom Hanks o namorado da América na década seguinte, "Big - Quero Ser Grande" abre mão de toda pretensão e recupera o lúdico para o cinema dos anos 80.
(MR)

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